terça-feira, 14 de junho de 2011

Uma reflexão sobre bullying e o papel do Educador

Em uma reflexão sobre todos os conteúdos estudados em nossos último semestre, ainda podemos afirmar o que tantas vezes afirmamos: só mesmo com paixão poderemos mudar a realidade de uma forma positiva. Casos de violência ocorrem dentro e fora da escola. A escola muitas vezes assume um papel muito rígido, despreocupado, que estigmatiza, oprime e afasta os alunos. A preocupação de muitos educadores e dirigentes de escolas está diretamente ligada às notas das avaliações. O que está fora das paredes da escola, não representa qualquer importância para esses educadores.
Quando a criança já vem de uma família desestruturada, que não acompanha, não conversa, toda a dificuldade encontrada no ambiente escolar, só faz estourar as emoções que se acumulam dentro dessa criança, desse jovem. A responsabilidade de conscientizar as crianças sobre as conseqüências de sua atitude é da família, da comunidade e da escola. Ações conjuntas e que consigam atingir os interesses dos alunos, certamente trarão melhor reflexão e com isso, melhor preparo diante de situações de conflito.
Hoje, o assunto do momento é o bullying. Como diria a música “desde os primórdios, até hoje em dia, o homem ainda faz, o que o maçado fazia”, essas atitudes que causam constrangimento, humilhação, discriminação e tocam fogo na palha da violência, sempre existiram. Os tempos mudam, novos termos surgem, mas as pessoas são as mesmas. As iniciativas são pequenas diante do crescimento acelerado da tecnologia, das crianças, da massa. É estranho pensar, que comentaristas hoje na TV, em pleno 2011, façam textos sobre as novidades de um livro de português que “privilegia” o “inadequado”, reforçando que é uma atitude do governo para controlar e satisfazer a massa, para que continue sem intelecto suficiente para exigir seus direitos. Há quanto tempo mesmo ouvimos algo desse gênero? A história se repete e se moderniza, mas só nos termos. Os comportamentos são os mesmos. Só evoluem. Evoluem certamente não é a palavra correta. Regridem, essa sim. Como se realmente tivéssemos voltando para os primórdios, primitivos seres irracionais.
Na escola, a postura dos professores muitas vezes é de inércia. Muitos estão desgastados e simplesmente “deixam rolar”. Na escola da minha filha, há uma menina que “toma” o lanche das mãos dos menores. Como nos filmes sabe? E os ameaça para não contarem. A ameaça é no olhar. Esse comportamento persiste. E nada é feito. Pais ou educadores? Pais e educadores juntos podem chegar a um acordo, mas... eles estão preparados para isso?
Todas essas sensações trarão conseqüência para o desenvolvimento desse ser, desse cidadão, que possivelmente irá repetir os comportamentos na fase adulta, em igual ou maior proporção.
Os laços afetivos, a compreensão, a família, o respeito, a igualdade, não são mais os valores reforçados. Está na “moda” ser rebelde, as crianças inclusive são estimuladas em programas dirigidos a elas mesmas. Está na “moda” ser contra a família. Está na moda a homossexualidade como experiência, como sinônimo de ser moderno, de ser “bacana”. E todos os comportamentos sem limites, sem conseqüências, simplesmente porque todos tem preguiça de se envolver. De cuidar. De chamar a responsabilidade para si. De dar mais que um passo sem se mostrar exausto. As escolhas foram feitas, ser pai e mãe, assim como ser educador, é uma escolha. As escolhas foram feitas, mas não foram assumidas.
O momento em que vivemos é esse. De retrocesso. Somente assumindo nossas responsabilidades diante de nossas crianças é que teremos que nos centrar no educar com afeto, compreender as realidades, ouvir, participar, contribuir, exercer, vivenciar as culturas diferentes e respeitá-las, compartilhar experiências e trocar o tempo todo. Tudo isso só depois de assumir nossa responsabilidade.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Comentário crítico a partir da intervenção da Profª. Drª. Elba Siqueira de Sá Barreto.


            No seu artigo, a Profª. Drª. Elba Siqueira de Sá Barreto faz uma leitura de vários artigos e teses já escritas sobre o tema Ciclos e progressão continuada.
Ela faz uma análise e retrospectiva histórica da implantação dos ciclos na cidade de São Paulo, Porto Alegre e Minas Gerais.  A implantação nestes locais foram por governos de esquerda que tinham como política acabar com a exclusão que deixava alunos fora da escola.
Neste artigo o que mais nos chamou a atenção foi que os governos que implantam os ciclos apresentam em sua maioria as mesmas justificativas, mas não asseguram as condições para que a implantação seja bem sucedida.
A introdução dos ciclos não são apenas detalhes no funcionamento da escola, mas uma profunda modificação em sua cultura.  Por isso toda a comunidade escolar deve ser envolvida e participar do processo. É muito comum ouvirmos dos pais e professores que o modelo antigo onde os alunos eram avaliados por nota e ficavam retidos era melhor, que os alunos respeitavam os professores, que hoje é tudo uma bagunça, porque eles (alunos) devem se esforçar se vão “passar de ano do mesmo jeito”.
Acreditamos que para que a implantação dos ciclos tenham sucesso  e se consolidem como uma prática inovadora na educação é necessário que um conjunto de medidas sejam aplicadas e sejam empreendidos esforços e um amplo debate seja desenvolvido com a comunidade.

Comentário crítico a partir da intervenção do Prof. Dr. João Cardoso Palma Filho.


      A intervenção do Prof. Dr. João Cardoso Palma Filho, durante a aula da Profa. Marília foi muito pertinente e esclarecedora sobre Ciclos e Progressão Continuada.

Ele destaca em sua fala um conjunto de medidas que deveriam ser tomadas para que o sistema de ciclos e progressão continuada tenha sucesso, tais como: Salas com 25 alunos, máximo 30, especialmente nas séries iniciais, quando os alunos estão sendo alfabetizados; Programa de formação continuada para os professores; Plano de carreira e bons salários para os professores.
Pelo que vimos Ciclos não são novidades na educação Brasileira, essa questão já vem sendo discutida a décadas e foi implantada em 1960/1970. Então porque este descaso com educação, visto que na década de 90, a implantação dos ciclos e progressão continuada, foi imposta de cima pra baixo, sem formação necessária para que os professores abraçassem a causa e assim a empreitada teria mais qualidade e sucesso. Não dá pra esperar êxito com salas super lotadas e péssimas condições de trabalho para o professor.
Em termos de números e estatísticas a implantação dos ciclos pode ser considerada um sucesso, mas em termos de qualidade, acreditamos que só iremos alcançar níveis bons de ensino quando as medidas citadas pelo prof. Dr. João Cardoso P. Filho tenham sido efetivamente implantadas e levadas a sério pelo poder público. Até lá continuaremos sendo expectadores da triste realidade em que crianças chegam ao ensino fundamental II ou até mesmo o ensino médio como analfabetos funcionais. Claro que temos exemplos isolados maravilhosos, como o apresentado na aula sobre a escola de Diadema, que tem o mérito exclusivo dos dedicados professores e coordenadores, para mudar a realidade. Mas não podemos esperar só dedicação dos professores, que muitas vezes fazem duplas ou triplas jornadas para ganharem um salário melhor. 

Dicas de Estudo


• Reforce o aprendizado daquilo que pretende lembrar. Repetição e treinamento ajudam a guardar a informação na memória de longo prazo.

• Leia alto a informação que está querendo memorizar. (Uma boa dica é ler para um colega ou para um familiar, tentando explicar o que está lendo ou tirando as dúvidas com quem está ouvindo) 

• Reveja todo o trabalho escolar à noite, antes de dormir, para aumentar a familiaridade com o que já aprendeu. 

• Focar ativamente a atenção no conteúdo que você quer aprender assim, todas as informações importantes passam da sua memória de curto prazo para a de longo prazo. Procure locais sem agentes de distrações. 

• Alunos que estudam com regularidade a matéria, se lembram muito melhor dela o que os que estudam tudo em verdadeiras “maratonas”, em um só dia. 

• Agrupe conceitos e termos similares e conteúdos que tenham relação entre si, pois as informações são organizadas em departamentos. 

• Irão te ajudar a lembrar informações ou segmentos específicos. Você pode associar um termo a ser lembrado com um item que você tenha familiaridade. Rima, música, anedota, imagem e novidades são algumas estratégias usadas com sucesso. 

• Para fixar a memória, você precisa decodificar o conteúdo do estudo dentro da sua memória de longo prazo. Os ensaios elaborados são a melhor maneira de você fazer isso. Assim: você lê a definição do termo-chave, estuda a definição do termo e depois leia uma descrição mais detalhada do significado do termo-chave. 

• Quando você estiver estudando conteúdos não familiares, tire um tempo para pensar sobre como essa informação está relacionada com assuntos que você já conhece e sabe. Estabelecendo relações entre novas idéias e memórias previamente existentes, você pode aumentar a probabilidade de se lembrar de conteúdos recentemente aprendidos. 

• Preste atenção a fotos, esquemas, tabelas e gráficos no texto que você está estudando. Você pode criar as suas próprias visualizações mentais. Desenhe tabelas ou figuras nas margens de suas anotações e use canetas marca-textos de cores diferentes. Cada cor para um determinado conteúdo. (Essa dica é em homenagem a um amigo que me ensinou a estudar assim. Obrigada Tum.)

• Você já reparou como as vezes é bem mais fácil lembrar de informações que estão no início ou no final de um capítulo? Pesquisadores descobriram que a posição da informação pode fazer a diferença na memorização. É o que se chama de Efeito de posição em série. Enquanto se lembrar de conteúdos que estão no meio de um texto pode ser mais difícil, você pode superar esse problema através de ensaiar ou reestruturar essa parte mais difícil, fazendo com que ela se torne mais fácil de ser lembrada. Sempre que você se deparar com partes difíceis, devote um tempo extra para memorizar esse conteúdo.

Dicas para Professores

Os professores sabem o que muitos profissionais não sabem: não existe apenas uma única síndrome de Hiperatividade, mas muitas; que a hiperatividade raramente ocorre de uma forma “pura” mas, ao contrário, normalmente apresenta-se ligada a muitos outros problemas como dificuldade de aprendizado ou mau humor; que HIPERATIVIDADE muda conforme o clima, é inconstante e imprevisível; e que o tratamento para HIPERATIVIDADE, a respeito de ser claramente esclarecido em vários livros, representa uma dura missão de trabalho e devoção. Não há uma solução fácil para administrar HIPERATIVIDADE na sala de aula ou em casa. Depois de tudo feito, a eficácia de qualquer tratamento deste problema na escola depende do conhecimento e da persistência da escola e do professor. Aqui apresentamos algumas dicas para o trato de crianças com HIPERATIVIDADE na escola. As sugestões a seguir visam o professor na sala de aula para crianças de qualquer idade. Algumas sugestões vão ser evidentemente mais adequadas às crianças menores, outras às mais velhas mas, em termos de estrutura, educação e encorajamento, são pertinentes a qualquer um.

Fonte:Elaborado por: Edward M. Hallowell & John J. Ratey em 1992

50 dicas para administrar salas com TDAH

Elaborado por: Edward M. Hallowell & John J. Ratey em 1992

01 – Antes de tudo, tenha certeza de que o que você está lidando é HIPERATIVIDADE. Definitivamente não é tarefa dos professores diagnosticar a HIPERATIVIDADE, mas você pode e deve questionar. Especificamente tenha certeza de alguém tenha testado a audição e a visão da criança recentemente e tenha certeza também de que outros problemas médicos tenham sido resolvidos. Tenha certeza de que uma avaliação adequada foi feita. Continue questionando até que se sinta convencido. A responsabilidade disso tudo é dos pais e não dos professores, mas o professor pode contribuir para o processo.
02 – Força!!! Ser uma professora na sala de aula onde há duas ou três crianças com HIPERATIVIDADE pode ser extremamente cansativo. Tenha certeza de que você pode tem o apoio da escola e dos pais. Tenha certeza de que há uma pessoa com conhecimento á qual você possa consultar quando tiver um problema (pedagogo, psicólogo infantil, assistente social, psicólogo da escola ou pediatra), mas a formação da pessoa não é realmente importante. O que importa é que ele ou ela conheça muito sobre HIPERATIVIDADE, conheça os recursos de uma sala de aula e possa falar com clareza. Tenha certeza de que os pais estão trabalhando com você. Tenha certeza de que os colegas podem ajudar você.
03 – Conheça seus limites. Não tenha medo de pedir ajuda. Você, como professor, não pode querer ser uma especialista em HIPERATIVIDADE. Você deve sentir-se confortável em pedir ajuda quando achar necessário.
04 – PERGUNTE À CRIANÇA O QUE PODE AJUDAR Estas crianças são sempre muito intuitivas. elas sabem dizer a forma mais fácil de aprender, se você perguntar. Elas ficam normalmente temerosas em oferecer informação voluntariamente porque isto pode ser algo muito ousado ou extravagante. Mas tente o sentar sozinho com a criança e perguntar a ela como ela pode aprender melhor. O melhor especialista para dizer como a criança aprende é a própria criança. É assustadora a freqüência com que suas opiniões são ignoradas ou não são solicitadas. Além do mais, especialmente com crianças mais velhas, tenha certeza de que ela entende o que é HIPERATIVIDADE. Isto vai ajudar muito a vocês dois.
05 – Lembre-se de que as crianças com HIPERATIVIDADE necessitam de estruturação. Elas precisam estruturar o ambiente externo, já que não podem se estruturar internamente por isso mesmos. Faça listas. Crianças com HIPERATIVIDADE se beneficiam enormemente quando têm uma tabela ou lista para consultar quando se perdem no que estão fazendo. Elas necessitam de algo para fazê-las lembrar das coisas. Eles necessitam de previsões. Eles necessitam de repetições. Elas necessitam de diretrizes. Elas precisam de limites. Elas precisam de organização.
06 – LEMBRE-SE DA PARTE EMOCIONAL DO APRENDIZADO Estas crianças necessitam de um apoio especial para encontrar prazer na sala de aula. Domínio ao invés de falhas e frustrações. Excitação ao invés de tédio e medo. É essencial prestar atenção ás emoções envolvidas no processo de aprendizagem.
07 – Estabeleça regras. Tenha-as por escrito e fáceis de serem lidas. As crianças se sentirão seguras sabendo o que é esperado delas.
08 – Repita as diretrizes. Escreva as diretrizes. Fale das diretrizes. Repita as diretrizes. Pessoas com HIPERATIVIDADE necessitam ouvir as coisas mais de uma vez.
09 – Olhe sempre nos olhos. Você pode “trazer de volta” uma criança HIPERATIVIDADE através dos olhos nos olhos. Faça isto sempre. Um olhar pode tirar uma criança do seu devaneio ou dar-lhe liberdade para fazer uma pergunta ou apenas dar-lhe segurança silenciosamente.
10 – Na sala de aula coloque a criança sentada próxima à sua mesa ou próxima de onde você fica a maior parte do tempo. Isto ajuda a evitar a distração que prejudica tanto estas crianças.
11 – Estabeleça limites, fronteiras. Isto deve ser devagar e com calma, não de modo punitivo. Faça isto consistentemente, previamente, imediatamente e honestamente. Não seja complicado, falando sem parar. Estas discussões longas são apenas diversão. Seja firme.
12 – Preveja o máximo que puder. Coloque o plano no quadro ou na mesa da criança. Fale dele frequentemente. Se você for alterá-lo, como fazem os melhores professores, faça muitos avisos e prepare a criança. Alterações e mudanças sem aviso prévio são muito difíceis para estas crianças. Elas perdem a noção das coisas. Tenha um cuidado especial e prepare as mudanças com a maior antecedência possível. Avise o que vai acontecer e repita os avisos à medida que a hora for se aproximando.
13 – Tente ajudar às crianças a fazerem a própria programação para depois da aula, esforçando-se para evitar um dos maiores problemas do HIPERATIVIDADE: a procrastinação.
14 – Elimine ou reduza a freqüência dos testes de tempo. Não há grande valor educacional nos testes de tempo e eles definitivamente não possibilitam às crianças HIPERATIVIDADE mostrarem o que sabem.
15 – Propicie uma espécie de válvula de escape como, por exemplo, sair da sala de aula por alguns instantes. Se isto puder ser feito dentro das regras da escola, poderá permitir à criança deixar a sala de aula ao invés de se desligar dela e, fazendo isto, começa a aprender importantes meios de auto-observação automonitoramento.
16 – Procure a qualidade ao invés de quantidade dos deveres de casa. Crianças HIPERATIVIDADE frequentemente necessitam de uma carga reduzida. Enquanto estão aprendendo os conceitos, elas devem ser livres. Elas vão utilizar o mesmo tempo de estudo e não vão produzir nem mais nem menos do que elas podem.
17 – Monitore o progresso frequentemente. Crianças HIPERATIVIDADE se beneficiam enormemente com o freqüente retorno do seu resultado. Isto ajuda a mantê-los na linha, possibilita a eles saber o que é esperado e se eles estão atingindo as suas metas, e pode ser muito encorajador.
18 – Divida as grandes tarefas em tarefas menores. Esta é uma das mais importantes técnicas de ensino das crianças HIPERATIVIDADE. Grandes tarefas abafam rapidamente as crianças e elas recuam a uma resposta emocional do tipo eu nunca vou ser capaz de fazer isto. Através da divisão de tarefas em tarefas mais simples, cada parte pequena o suficiente para ser facilmente trabalhada, a criança foge da sensação de abafado. Em geral estas crianças podem fazer muito mais do que elas pensam. Pela divisão de tarefas o professor pode permitir à criança que demonstre a si mesma a sua capacidade. Com as crianças menores isto pode ajudar muito a evitar acessos de fúria pela frustração antecipada. E com os mais velhos, pode ajudar as atitudes provocadoras que elas têm frequentemente. E isto vai ajudar de muitas outras maneiras também. Você deve fazer isto durante todo o tempo.
19 – Permita-se brincar, divertir. Seja extravagante, não seja normal. Faça do seu dia uma novidade. Crianças HIPERATIVIDADE adoram novidades. Elas respondem às novidades com entusiasmo. Isto ajuda a manter a atenção – tanto a delas quanto a sua. Estas crianças são cheias de vida, elas adoram brincar. E acima de tudo, elas detestam ser molestadas. Muitos dos tratamentos para elas envolvem coisas chatas como estruturas, programas, listas e regras. Você deve mostrar a elas que estas coisas não estão necessariamente ligadas às pessoas, professores ou aulas chatas. Se você, às vezes, se fizer de bobo poderá ajudar muito.
20 – Novamente, cuidado com a superestimulação. Como um barro de vaso no forno, a criança pode ser queimada. Você tem que estar preparado para reduzir o calor. A melhor maneira de lidar com os caos na sala de aula é, em primeiro lugar, a prevenção.
21 – Esforce-se e não se dê satisfeito, tanto quanto puder. Estas crianças convivem com o fracasso, e precisam de tudo de positivo que você puder oferecer. O fracasso não pode ser superenfatizado: estas crianças precisam e se beneficiam com os elogios. Elas adoram o encorajamento. Elas absorvem e crescem com isto. E sem isto elas retrocedem e murcham. Frequentemente o mais devastador aspecto da HIPERATIVIDADE não é HIPERATIVIDADE propriamente dita e sim o prejuízo à auto-estima. Então, alimente estas crianças com encorajamento e elogios.
22 – A memória é frequentemente um problema para eles. Ensine a eles pequenas coisas como neumônicos, cartão de lembretes, etc. Eles normalmente têm problemas com o que Mel Levine chama de Memória do Trabalho Ativa, o espaço disponível no quadro da sua mente, por assim dizer. Qualquer coisa que você inventar – rimas, códigos, dicas – pode ajudar muito a aumentar a memória.
23 – Use resumos. Ensine resumido. Ensine sem profundidade. Estas técnicas não são fáceis para crianças HIPERATIVIDADE, mas, uma vez aprendidas, podem ajudar muito as crianças a estruturar e moldar o que está sendo ensinado, do jeito que é ensinado. Isto vai ajudar a dar à criança o sentimento de domínio durante o processo de aprendizagem, que é o que elas precisam, e não a pobre sensação de futilidade que muitas vezes definem a emoção do processo de aprendizagem destas crianças.
24 – Avise sobre o que vai falar antes de falar. Fale. Então fale sobre o que já falou. Já que muitas crianças com HIPERATIVIDADE aprendem melhor visualmente do que pela voz, se você puder escrever o que será falado e como será falado, isto poderá ser de muita ajuda. Este tipo de estruturação põe as idéias no lugar.
25 – Simplifique as instruções. Simplifique as opções. Simplifique a programação. O palavreado mais simples será mais facilmente compreendido. E use uma linguagem colorida. Assim como as cores, a linguagem colorida prende atenção.
26 – Acostume-se a dar retorno, o que vai ajudar a criança a se tornar auto-observadora. Crianças com HIPERATIVIDADE tendem a não ser auto-observadora. Elas normalmente não têm idéia de como vão ou como têm se comportado. Tente informá-las de modo construtivo. Faça perguntas como: Você sabe o que fez? ou Como você acha que poderia ter dito isto de maneira diferente? ou Você acha que aquela menina ficou triste quando você disse o que disse?. Faça perguntas que promovam a auto-observação.
27 – Mostre as expectativas explicitamente.
28 – Um sistema de pontos é uma possibilidade de mudar parte do comportamento (sistema de recompensa para as crianças menores). Crianças com HIPERATIVIDADE respondem muito bem às recompensas e incentivos. Muitas delas são pequenos empreendedores.
29 – Se a crianças parece ter problemas com as dicas sociais – linguagem do corpo, tom de voz, etc – tente discretamente oferecer sinais específicos e explícitos, como uma espécie de treinamento social. Por exemplo, diga antes de contar a sua história, procure ouvir primeiro a de outros ou olhe para a pessoa enquanto ela está falando. Muitas crianças com HIPERATIVIDADE são vistas como indiferentes ou egocêntricas, quando de fato elas apenas não aprenderam a interagir. Esta habilidade não vem naturalmente em todas as crianças, mas pode ser ensinada ou treinada.
30 – Aplique testes de habilidades.
31 – Faça a criança se sentir envolvida nas coisas. Isto vai motivá-la e a motivação ajuda o HIPERATIVIDADE.
32 – Separe pares ou trios ou até mesmo grupos inteiros de crianças que não se dão bem juntas. Você deverá fazer muitos arranjos.
33 – Fique atento à integração. Estas crianças precisam se sentir enturmadas, integradas. Tão logo se sintam enturmadas, se sentirão motivadas e ficarão mais sintonizadas.
34 – Sempre que possível, devolva as responsabilidades à criança.
35 – Experimente um caderno escola – casa – escola. Isto pode contribuir realmente para a comunicação pais – professores e evitar reuniões de crises. Isto ajuda ainda o freqüente retorno de informação que a criança precisa.
36 – Tente utilizar relatórios diários de avaliação.
37 – Incentive uma estrutura do tipo auto-avaliação. Troca de idéias depois da aula pode ajudar. Utilize também os intervalos de aula.
38 – Prepare-se para imprevistos. Estas crianças necessitam saber com antecedência o que vai acontecer, de modo que elas possam se preparar. Se elas, de repente, se encontram num imprevisto, isto pode evitar excitação e inquietos.
39 – Elogios, firmeza, aprovação, encorajamento e suprimento de sentimentos positivos.
40 – Com as crianças mais velhas, faça com que escrevam pequenas notas para eles mesmos, para lembrá-los das coisas. Essencialmente, eles anotam não apenas o que é dito a eles mais também o que eles pensam. Isto pode ajudá-los a ouvir melhor.
41 – Escrever à mão às vezes é muito difícil paras estas crianças. Desenvolva alternativas. Ensine como utilizar teclados. Faça ditados. Aplique testes orais.
42 – Seja como um maestro: tenha a atenção da orquestra antes de começar. Você pode utilizar do silêncio ou bater o seu giz ou régua para fazer isto. Mantenha a turma atenta, apontando diferentes partes da sala como se precisasse da ajuda deles.
43 – Sempre que possível, prepare para que cada aluno tenha um companheiro de estudo para cada tema, se possível com o número do telefone (adaptado de Gary Smith).
44 – Explique e dê o tratamento normal a fim de evitar um estigma.
45 – Reuna com os pais frequentemente. Evite o velho sistema de se reunir apenas para resolver crises ou problemas.
46 – Incentive a leitura em voz alta em casa. Ler em voz alta na sala de aula tanto quanto for possível. Faça a criança recontar estórias. Ajude a criança a falar por tópicos.
47 – Repetir, repetir, repetir.
48 – Exercícios físicos. Um dos melhores tratamentos para HIPERATIVIDADE, adultos ou crianças, é o exercício físico. Exercícios pesados, de preferência. Ginastica ajuda a liberar o excesso de energia, ajuda a concentrar a atenção, estimula certos hormônios e neurônios que são benéficos. E ainda é divertido. Assegure-se de que o exercício seja realmente divertido, porque deste modo a criança continuará fazendo para o resto da vida.
49 – Com os mais velhos a preparação para a aula deve ser feita antes de entrar na sala. A melhor idéia é que a criança já saiba o que vai ser discutido em um certo dia e o material que provavelmente será utilizado.
50 – Esteja sempre atento às dicas do momento. Estas crianças são muitos mais talentosas e artísticas do que parecem. Elas são cheias de criatividade, alegria, espontaneidade e bom humor. Elas tendem a ser resistentes, sempre agarradas ao passado. Elas tendem a ser generosas de espírito, felizes de poder ajudar alguém. Elas normalmente têm algo especial que engrandece qualquer coisa em que estão envolvidas. Lembre-se de que no meio do barulho existe uma sinfonia, uma sinfonia que precisa ser escrita.

Mapas Mentais


O Mapa Mental (Mind Map)é uma técnica para melhorar a organização de idéias, localizando os pontos principais do assunto estudado e expondo através de um recurso gráfico substituindoas anotações convencionais em forma de lista.

Assim, o Mapa Mental é como uma "fotografia" do assunto evidenciando as informações importantes e correlacionando-as com o tema principal.



Para que serve o Mapa Mental:
- fazer resumos de livros,
- analisar problemas complexos,
- esclarecer situações confusas,
- resumir temas complicados,
- estruturar seus próprios textos (dica para quem quer escrever bem).

Como fazer um Mapa Mental:
Segundo a Revista Mente e Cérebro deve-se:
-Trabalhar sempre de forma diagonal,
-O tema ou palavra principal vem sempre no centro da folha. A partir dele, saem linhas, de preferencia em cores diferente,
-Expressar cada associação de idéia com apenas uma palavra-chave. Uma boa palavra-chave remete ao significado,
-Outras linhas devem ser ligadas diretamente às anteriores,
-Próximo ao centro estão os conceitos mais gerais, que devem se tornar casa vez mais específicos, quanto mais externos forem,
-Desenhe setas de referÊncia sempre externas, em torno do mapa mental, nunca passando por dentro dele,
-numere os ítens, caso a sequencia de passos a seguir seja importante.



Experimente usar o Mapa Mental, eu uso desde a faculdade de Pedagogia, onde aprendi a usar com uma professora, pra mim é muito útil e facilita muito a minha vida.
Essa foi a dica que dei esta semana para o Junior, um aluno de redação